O Mal de Parkinson é uma doença que degenera aos poucos e de maneira progressiva as partes do cérebro que auxiliam na coordenação de movimentos.
O Mal de Parkinson normalmente começa entre os 50 e 79 anos de idade, é causado principalmente pela diminuição intensa da produção de dopamina, que é uma substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
Seu principal sintoma é o tremor, que ocorre mesmo quando o musculo está relaxado, outro sintoma bem frequente é a lentidão dos movimentos voluntários, os desequilíbrios caracterizados normalmente por quedas frequentes e também o comprometimento do pensamento, mais conhecido como demência.
Dados não oficiais apontam que há pelo menos 250 mil portadores da doença de Parkinson no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais de 6,3 milhões de pessoas acometidas com a doença, tornando-a a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo. Por isso, e pelos sintomas que comprometem significativamente a qualidade de vida dessas pessoas, é urgente buscar por formas de tratamento que tragam mais bem-estar aos pacientes e seus cuidadores. Atualmente, a utilização de Cannabis medicinal na doença de Parkinson é uma opção que está sendo muito estudada e demonstra resultados promissores. É o que você irá conferir neste artigo.
Pacientes com doença de Parkinson (DP) em uso de cannabis medicinal declaram ter percepções de melhora nos sintomas parkinsonianos. Em um questionário com mais de 1 mil participantes, 40% afirmaram sentir redução da dor e cãibras musculares ao incluir a planta no tratamento, 20% apresentaram melhora em relação à rigidez, freezing – “congelamento”, tremores, depressão, ansiedade e síndrome das pernas inquietas. De forma geral, 54% das pessoas que utilizaram o CBD via oral relataram melhoras, assim como, 68% das que inalaram Cannabis contendo THC.
Um interessante trabalho deste ano de 2021, destaca o potencial dos canabinoides em evitar ou retardar a morte neuronal em três doenças neurodegenerativas: Parkinson, Alzheimer e Huntington. Os autores destacam a descoberta da ativação de células da micróglia com fenótipo neuroprotetor, através da atuação de derivados canabinoides, via receptores endocanabinoides CB2.
(Leia mais em Recent Advances in the Potential of Cannabinoids for Neuroprotection in Alzheimer’s, Parkinson’s, and Huntington’s Diseases)
Esse seria um dos potenciais mecanismos de atuação, que explicam os benefícios do uso dos derivados canabinoides no contexto das doenças neurodegenerativas.
O uso de CBD também pode reduzir a ansiedade e a amplitude dos tremores em pacientes com Parkinson. Foi o que constatou um ensaio clínico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo ao submeter 24 pacientes a testes simulados para falar em público. Foram coletados dados como frequência cardíaca, pressão arterial sistêmica e frequência e amplitude do tremor. Também foram aplicadas a Escala Visual Analógica de Humor (VAMS) e a Escala de Autoavaliação.
Fonte: WeCann
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