De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% da população brasileira sofre com transtornos alimentares. O número é ainda mais alarmante quando a amostra é composta apenas por pessoas jovens, chegando a 10%. Alguns dos transtornos que entram nesse índice são anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa, transtorno da compulsão alimentar e transtorno de ruminação ou regurgitação, saiba como a Cannabis pode auxiliar no tratamento dessas patologias.
Um estudo publicado em 2009 mostrou que apenas 46% dos pacientes se recuperam completamente da anorexia nervosa, um terço apresenta melhoras com sintomas parciais ou residuais do distúrbio e 20% continuam cronicamente doentes por muito tempo. Ainda segundo a pesquisa, na Anorexia Nervosa há um aumento de quase 18 vezes nas taxas de mortalidade em relação à bulimia.
Em uma meta-análise de 36 estudos sobre transtornos alimentares, os autores analisaram 12.808 casos de anorexia nervosa, sendo que 639 resultaram em morte. Ou seja, o índice de mortalidade entre pessoas com anorexia demonstra ser maior do que em pessoas com esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar. A Anorexia Nervosa é provavelmente o transtorno psiquiátrico que mais causa mortes.
O Sistema Endocanabinóide atua em pontos-chave envolvidos na ingestão alimentar e no gasto energético. Por isso, é visto como um alvo interessante no manejo de doenças como obesidade e distúrbios alimentares.
Já se sabe que o sistema desempenha um papel importante em circuitos cerebrais relacionados ao comportamento alimentar e às propriedades recompensadoras dos alimentos. Descobertas recentes sugerem que existe uma desregulação do Sistema Endocanabinoide em pessoas com transtornos alimentares.
Os fitocanabinoides e os terpenos da Cannabis podem auxiliar no (re) equilíbrio do Sistema Endocanabinoide, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar para pacientes em diversos contextos patológicos, incluindo pacientes portadores de anorexia.
Existem indícios de que a Cannabis medicinal pode ser uma alternativa terapêutica nesses casos. Um estudo sobre Cannabis e anorexia, publicado em 2014, avaliou o uso de Dronabinol (THC sintético) e de placebo por 25 mulheres, que haviam recebido o diagnóstico de AN há mais de cinco anos. Elas tiveram um aumento médio de peso de 0,73 kg utilizando o THC em comparação ao placebo, o que foi estatisticamente significativo. Não foram registrados efeitos colaterais significativos.
Matéria: WeCann.
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