ABRACAMED

Como a cannabis pode fazer uma criança deixar de frequentar hospitais para frequentar a escola?

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Esta é uma das perguntas que serão respondidas em evento aberto ao debate público, com participação presencial controlada e transmissão ao vivo online sobre Cannabis Medicinal.

No dia 27 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Maconha Medicinal e, nesta quarta-feira (24) às 19:00h, o colendo plenário da Câmara Municipal de Marília realizará uma Audiência Pública, abrindo as portas da casa do povo para o amplo debate sobre esta temática de extrema relevância, consonante à luta social de pacientes, famílias, profissionais de saúde e associações, pela democratização do acesso ao tratamento para toda a população.

ABRACAMED, Associação Brasileira de Cannabis Medicinal apoia a Audiência Pública da Câmara Municipal de Marília.

Marília teve o privilégio da presença do renomado cientista Professor Elisaldo Carlini, atuando como docente nas primeiras turmas de medicina da Famema. Dr Carlini deixou um legado na ciência como pioneiro, precursor e referência mundial nos estudos farmacológicos sobre as propriedades terapêuticas da Cannabis, atuando com excelência nas políticas públicas em defesa do potencial medicinal das plantas brasileiras, um ser humano combatente e incansável pela ciência de nosso país que permanece inspirando muitos pesquisadores.

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS, criada em 2006 pelo Decreto nº 5.813, objetiva buscar a promoção das práticas de uso de plantas medicinais, disseminadas e apropriadas pela sociedade brasileira e seu reconhecimento é resultado de uma luta que envolve pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e usuários, que antecede a própria criação do SUS, percurso que progrediu reunindo conhecimento científico e popular com o resgate de práticas milenares, a partir da comprovação de eficácia e segurança terapêutica.

Dentre as plantas medicinais, o uso da Cannabis sativa L. tem se destacado, em especial para o tratamento de doenças progressivas, degenerativas e refratárias aos tratamentos convencionais e a versatilidade de seu uso como remédio, está diretamente ligada à existência do nosso Sistema Endocanabinoide que constitui um complexo mecanismo que desempenha importante papel fisiológico na regulação de várias vias de sinalização dos demais Sistemas do corpo humano.

Atualmente, é ampla a literatura científica com resultados apontando que a Cannabis Medicinal apresenta propriedades fundamentais no equilíbrio do organismo humano e também dos animais, com ações capazes de proporcionar a proteção e regeneração cerebral (Epilepsia, Alzheimer, Parkinson), efeitos analgésicos e anti-inflamatórios com regulação da dor (dor crônica, fibromialgia, HIV), modulação de alterações comportamentais e de sensopercepção (TOD, TDAH, Autismo, Esquizofrenia, TPM, demências), imunomodulação (infecções recorrentes, doenças autoimunes, artrite, artrose, lúpus, ITU), mecanismos antineoplásicos (contra diversos tipos de câncer), efeitos na cicatrização óssea e da pele (traumas ortopédicos, pós-operatório), viabilizando inclusive a redução e retirada de medicamentos, consequentemente diminuindo os efeitos colaterais destas drogas.

Assim, o tratamento com a Cannabis possibilita ao paciente o resgate de autonomia e qualidade de vida, diminuição da sobrecarga dos cuidadores e traz impactos positivos na redução de gastos na saúde pública pela diminuição de internações e do uso de serviços de urgência e emergência.

A busca por este tratamento é crescente na população, principalmente para doenças refratárias, cuidados paliativos, ansiedade e depressão, condições que tiveram um aumento exponencial durante a pandemia.

A prática clínica dos médicos brasileiros tem validado os achados científicos a medida que prescrevem a Cannabis Medicinal nas diferentes faixas-etárias e patologias, “de mamando a caducando”, com resultados positivos expressivos e baixa incidência de efeitos colaterais, riscos e contraindicações, situação favorável e que tem mudado a qualidade de vida de muitas famílias.

Entretanto, apesar de todos os benefícios descritos e com vasta publicação científica, continua em nosso país um cenário precário delimitado pela falta de regulamentação do cultivo e produção nacional, questões que incidem diretamente no custo elevado do tratamento e carência de médicos prescritores capacitados nos serviços públicos de saúde, impondo um recorte social específico e cruel que mantém os pacientes hipossuficientes e vulneráveis privados de acesso ao tratamento com a Cannabis Medicinal.

Desde 2020 a ANVISA tem avançado progressivamente na autorização de produtos à base de Cannabis para comercialização no mercado nacional em farmácias e drogarias, reconhecendo suas propriedades terapêuticas, bem como as necessidades de acesso da população ao tratamento.

Entretanto, quando se trata de acesso à Cannabis Medicinal, prevalece a precariedade de uma política de saúde excludente para os menos favorecidos, que não contempla a realidade socioeconômica e sanitária do país.

Este fato aponta para a necessidade de uma profunda reformulação que desconstrua estereótipos, preconceitos e tabus, introduza na educação médica um currículo comprometido com um modelo de atenção à saúde que cumpra com a função social, e, acima de tudo seja capaz de construir uma política pública includente, numa perspectiva ampla e humana voltada para respostas às necessidades da sociedade.

Para mais matérias sobre Cannabis Medicinal acesse nosso blog: abracamed.com/blog

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